terça-feira, 27 de outubro de 2015

Egito, Somália, Angola, Argelia

Egito

    A civilização egípcia cresceu às margens do Rio Nilo, ao Nordeste da África, por volta de 3000 a.C. A sociedade desenvolveu-se a partir da organização de clãs que há muito se firmaram às margens do rio com propósito de plantar e criar animais. Outras evoluções foram promovidas, como escrita, a religião, arquitetura, um governo centralizado, desenvolvimento da agricultara e algumas ciências.

    Essa civilização passou por diferentes fases, na primeira o Egito era dividido em Alto Egito e Baixo Egito, na segunda fase os dois se juntaram, formando um só governo. Depois da centralização, passou a ser governado por várias dinastias. Mais ao fim da Império, sofreu invasões de outros povos, o mais importante foi o domínio Romano no fim da Antiguidade Clássica.


    Foi uma das primeiras sociedades a se auto documentar, através das artes, da escrita, das práticas religiosas deixando um legado de muitos mistérios a serem desvendados. Os faraós e sua origem mística fascinam muitos estudiosos até hoje, principalmente figuras importantes, como Cleópatra, que marcou um tempo e deixou sua história se propagar pelos séculos.

    A influência dessa sociedade está em muitas áreas do conhecimento atual, como a matemática, a química (por conta das técnicas de mumificação), a agronomia, engenharia e as artes. Ou seja, o desenvolvimento que os egípcios adquiriram refletiu em outras culturas que tiveram contato com eles e propagou-se até nossos tempos.

Somália

    A Somália, cujo nome no dialeto local significa “negro”, está localizada na porção mais oriental do continente africano, conhecido como “Chifre da África”. Seu território, banhado pelo Oceano Índico, limita-se a oeste com a Etiópia, a noroeste com Djibuti e ao sul com o Quênia.


    O território somali foi dominado por diversas nações. Portugueses, ingleses, franceses e italianos controlaram algumas cidades do país, que conquistou a independência no dia 1° de julho de 1960. Desde então, a Somália passou a ser governada por ditadores e por grupos rebeldes. Essa situação deflagrou, em 1990, uma guerra civil entre clãs rivais que lutam pelo domínio do poder nacional. No início do século XXI, milícias islâmicas estabeleceram bases no país, inclusive a Al-Qaeda (organização terrorista liderada por Osama Bin Laden).

Angola

    Angola, como a grande maioria dos países independentes da África é um estado multi e transcultural. Isto quer dizer que abriga em seu território diversas culturas, com línguas, costumes e origens diferentes, que muitas vezes extrapolam as fronteiras políticas estabelecidas pelos europeus no século XIX. País socialista desde sua independência até o início dos anos 90, e assolado por décadas de guerra de independência e civil, Angola hoje vive um período de prosperidade trazido pela exploração do petróleo.
    O perfeito exemplo disso são os extremos norte e sul. A norte, temos Cabinda, hoje um enclave de Angola entre o Congo-Kinshasa e o Congo-Brazzaville, e antigamente conhecida como Congo Português. Sua população é da etnia Kongo, que utiliza uma língua do mesmo nome. Os Kongo estão presentes ainda na região litoral dos dois Congos e nas províncias angolanas de Uíge e Zaire. Cabinda, por ter uma história em parte diferente da de Angola (foi ocupada pelos portugueses só em 1885, enquanto que o litoral de Angola já era colonizado desde o século XVII), convive com um movimento separatista, o FLEC (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda), que luta desde os anos 60 pela independência.

    No sul de Angola, em diversos bolsões estão os povos khoisan (ou coissã), que formam um grupo à parte dos povos bantu e do restante dos povos africanos. Seu nome é a junção do nome de dois grupos, os Khoi e os San, conhecidos também como bosquímanos ou hotentotes. Acredita-se que os khoisan sejam descendentes dos povos nômades que habitavam a África há milhares de anos atrás, e foram deslocados com a ocupação bantu.     As línguas khoisan são únicas, conhecidas como "línguas do clique", caracterizada por diversos sons inexistentes em outros idiomas, e que tem o som característico de um clique.     O filme "Os Deuses devem estar loucos" tem como protagonistas integrantes desse grupo étnico.

    Além do português, língua oficial do estado, Angola possui outros 42 idiomas regionais. O país é uma exceção dentro do continente africano, pois a língua europeia vem conquistando cada vez mais espaço no meio cotidiano em detrimento das línguas nacionais, o oposto do que ocorre no restante do continente.

    Na literatura, o nome de Agostinho Neto é tradicionalmente citado como exemplo, mas Angola produziu outros importantes escritores, entre eles Pepetela, Luandino Vieira e Viriato da Cruz. A União dos Escritores Angolanos foi um importante grupo entre os anos 70 e 80, ajudando vários autores novos a editarem seus livros.

    A música angolana foi importante na composição de vários ritmos em Cuba e no sudeste do Brasil. Dentro do continente africano, porém, demorou a ser editada em discos, destacando-se os artistas dos anos 60 e 70, que desenvolveram o semba, a rumba congolesa e o merengue angolano, utilizando guitarras elétricas e uma percussão intensa.
Na religião, a santeria cubana e a macumba brasileira são em boa parte baseados nas crenças tradicionais religiosas de povos angolanos.

Argélia


    A Argélia está localizada no litoral norte da África, é banhada pelo Mediterrâneo. Faz fronteira com a Tunísia, Líbia, Níger, Mali, Mauritânia, Saara Ocidental e Marrocos. É o segundo maior país em extensão territorial do continente africano, atrás apenas do Sudão.

    O território foi habitado primeiramente pelos berberes, em seguida foi ocupado e incorporado por diversos povos e impérios, entre eles se destacam os fenícios, cartagineses, romanos, vândalos, bizantinos e árabes.

    Em 1830 a França invadiu a Argélia, com a intenção de dominar o seu litoral. Em 1857 ocorreu a dominação definitiva dos franceses no território argelino. A luta pela independência se intensificou principalmente após a II Guerra Mundial, com o levante popular de 1945, porém eles foram reprimidos com muita violência por parte dos franceses. 
    AFLN (Frente de Libertação Nacional) foi organizada em 1954, e deu início a uma luta armada contra a dominação da França. Somente em 1962 os franceses reconheceram a independência da Argélia. Cerca de 1 milhão de franceses deixaram o país em direção à França. A Argélia passou a ser governada no mesmo ano por Ahmed Bem Bella, representante da Frente de Libertação Nacional, único partido político do país.

    Somente em 1989 foi aceito o multipartidarismo, esse fato ocorreu devido aos protestos da população, que resultou numa reforma constitucional que acabou com o regime de partido único. Criou-se a FIS (Frente de Libertação Islâmica), principal organização oposicionista da Frente de Libertação Nacional.

     A eleição presidencial de 1991 foi vencida pelo representante da Frente de Libertação Islâmica, Bendjedid. No entanto, em 1992 ocorreu um golpe militar que forçou Bendjedid a renunciar o cargo.

    Em 2009, Abdelaziz Bouteflika foi eleito presidente da Argélia pela terceira vez, acusações de irregularidades na disputa eleitoral foram feitas pela mídia e oposição.

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